Onde encontrar diversidade de corpos nos bancos de imagens

Stocky Bodies

Crédito: Exemplo de imagem do Stocky Bodies

Os “headless fatties”, gordos sem cabeça de tantas matérias e campanhas

A publicidade e imprensa finalmente começam a enxergar a diversidade de corpos e não fazem mais do que a obrigação. Mas pessoas gordas ainda são muito representadas na mídia através de um de seus mais lamentáveis estereótipos, os “headless fatties”. São fotos de homens e mulheres gordos sem cabeça, geralmente desleixados e de moletom, que ainda ilustram muitas matérias e campanhas. Ninguém precisa estar lindo e arrumado 100% do tempo, mas não é preciso representar pessoas gordas somente através desse estigma.

Uma das iniciativas recentes mais interessantes em termos de representatividade no segmento plus size foi a parceria do site Refinery29 com a marca plus size Lane Bryant e a Getty Images. Eles criaram a 67percentcollection, um banco com imagens positivas de pessoas gordas em cenas corriqueiras como escovando os dentes, chamando um taxi na rua, praticando esportes, colocando maquiagem ou mexendo no celular. Coisas que qualquer pessoa faz, inclusive eu e você.

Outros bancos de imagens com corpos gordos são:

O Rudd Center faz parte da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, além do banco de imagens, conta também com diretrizes para jornalistas tratarem de assuntos relativos a pessoas gordas evitando perpetuar estigmas. Dá para baixar aqui.

Pessoas gordas são mais do que seu tamanho. Elas não precisam estar só em especiais de moda plus size ou em matérias sobre preconceito, distúrbios alimentares e culpa na alimentação. Podemos ser personagens e protagonistas também de artigos e campanhas de maquiagem, bancos, carros, esportes, maternidade, tecnologia, música, sabão em pó, até de manteiga… E, não se esqueçam, elas têm cabeça, profissão e nome!

Stocky Bodies

Crédito: Exemplo de imagem do Stocky Bodies

UPDATE 08/08/2017:

No Brasil, foi lançado esta semana o Mulheres inVisíveis, o primeiro banco de imagens nacional focado em diversidade. O site inclui fotos de mulheres gordas, negras, trans, tatuadas, enfim, pessoas comuns que vemos pelas ruas. As imagens foram criadas pela 65/10, consultoria especializada em mulheres, em parceria com o coletivo CatsuStreet e estão à venda nos sites Fotolia e Adobestock, com renda revertida para a expansão do banco de imagens.

“Há dois anos trabalhamos para mudar a maneira que a mulher é representada na publicidade. E há dois anos nos deparamos com a dificuldade para mulheres negras, gordas, lésbicas e trans nos castings e escolhas de imagens dos clientes. O Mulheres inVisíveis nasceu como resposta prática a isso, para não ter a desculpa de ‘não encontramos essas imagens nos bancos”, conta Thaís Fabris, uma das sócias da 65/10. “A ideia é também fomentar o debate sobre a necessidade de uma publicidade mais diversa e inclusiva”.

mulheresinvisiveis

Imagem do banco do Mulheres inVisíveis

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  1. Pingback: A DESUMANIZAÇÃO DO GORDO NA MÍDIA | Garotas FDP

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