Nesses meus rolês pela Europa conheci a gastronomia vietnamita e ela logo se tornou uma de minhas favoritas.
É uma culinária que envolve vários sentidos, cheia de sabores, cores, texturas e aromas. É possível ver influências chinesas, pois a China ocupou o Vietnã por mil anos, e da França, que ocupou o país até os anos 50.
A base é o arroz, que está presente de várias formas e texturas: frito, risoto, farinha e macarrão. Carnes, vegetais, caldos e, claro, muitas ervas e especiarias, que fazem com que a refeição comece logo que você entre em um restaurante.
As sobremesas são leves, porém marcantes e refrescantes: coco, banana, manga, tapioca… ideais para quem gosta de doce mas não aguenta mais a profusão de doces melados e enjoativos cheios de nutella e leite ninho.
O prato mais conhecido é o Phở (se pronuncia fãã), o primeiro da galeria de fotos. Trata-se de caldo perfumado de sete especiarias e cozinhado por oito horas, acompanhando talharim de arroz, brotos de feijão, cebola, ervas aromáticas e carne bovina. Há também muitas opções veggie.
Obviamente o Vietnã entrou para minha wishlist de viagens. Ainda vou conhecer o país pra me embrenhar pela sua gastronomia! Mas enquanto isso não acontece, vou conhecendo os restaurantes vietnamitas daqui de São Paulo.
Neste sábado estive no Bánh Mì Vietnam (@banhmisp), que fica na Bela Vista, que já conhecia por delivery. Tudo super gostoso, atendimento atencioso e o espaço super charmoso, com áreas abertas.
A colônia vietnamita no Brasil conta com apenas 100 pessoas, então são bem poucos os restaurantes com essa culinária no país. Há algum tempo fiz um guia aqui no Instagram com os restaurantes de SP. (Veja aqui).
“Por que você gosta tanto de Barcelona?” – motivo 127
Há 85 anos, 19 de julho de 1936, seria inaugurada em Barcelona a Olimpíada Popular, uma alternativa antifascista e antirracista às Olimpíadas de Berlim, que o Terceiro Reich queria usar como propaganda do nazismo.
A Olimpíada Popular teria 6 mil atletas de todo mundo que se recusaram a participar dos Jogos Nazi, mais até do que a edição oficial.
Cartaz da Olimpíada Popular de 1936
Muitos dos atletas participantes seriam enviados por sindicatos, clubes, associações, partidos e grupos de esquerda e anarquistas, e não por comitês patrocinados pelo Estado.
Porém o golpe fascista de Francisco Franco, dias antes da abertura, levou à suspensão do evento.
Mas os Jogos de Berlim ficaram marcados pelos feitos de Jesse Owens, atleta negro norte-americano que bateu a suposta superioridade racial dos alemães ao vencer quatro medalhas de ouro nos 100 e 200 metros rasos, no salto em distância e no revezamento 4×100.
Não sou de acompanhar esportes mas adoro história dos Jogos Olímpicos. Uma pena que o desse ano seja em meio a esse caos pandêmico.
Pode ser um clichê mas a cozinha tem me ajudado a sair da depressão. Troquei o pijama velho com o qual eu ficava o dia todo por um avental. Quando não tenho algum trabalho pago para fazer fico horas no YouTube procurando receitas e depois colocando em prática. Adoro as donas de casa e os tiozinhos que gravam os vídeos com cachorro latindo, crianças gritando, mandando mil beijos e bençãos para os seguidores. E os chefs que traduzem a cozinha moderna para o nosso dia a dia. Não tenho paciência para os muito esnobes e cheios de si, gosto dos mais descabelados e pé no chão.
Frá Cozinheira
Passei a voltar a cozinhar mais em casa pois a grana ainda está curta e o delivery, – apesar de ser uma mão na roda quando a gente não tem forças nem para fritar um ovo -, acaba nos levando à falência. Descobri um prazer enorme em ver a química dos alimentos acontecer na minha frente. A pectina resultar em geléia, a nata virar manteiga, o fermento fazer a massa crescer.
Sempre soube cozinhar o básico gostosinho, mas nesse último ano aprendi truques que elevam o patamar, como as camadas de sabores, combinar texturas, reaproveitar sobras e cascas, testar diferentes temperos e aromas. Me arrisquei na culinária de outros países, busquei mais sabor na comida vegetariana. Só estou apanhando ainda com as massas e os pães. Mas não desisto, volta e meia faço novas tentativas. E é isso, é tentativa e erro. Tentativa e erro. Assim como a vida.
Dificilmente vou fazer disso uma profissão. Mas não vejo a hora de poder receber os amigos em casa em volta de uma mesa. Voltei a ter esperança no futuro.
* Na foto, doce de casca de maracujá que peguei de várias receitas no YouTube e dei um toque de pimenta rosa.
PS: Esse novo hobby de forma alguma é um substituto para um tratamento, apenas um auxílio que encontrei. Se estiver com depressão ou ansiedade procure um psicólogo ou psiquiatra. Também faço acompanhamento com esses profissionais! Não é vergonha alguma!!!
Dia 23 de julho de 2011 foi com certeza um dos piores dias de minha vida, o dia da morte de Amy Winehouse. Lembro exatamente do momento em que o Hector me comunicou. Eu estava acordando, ele já havia acordado e visto a notícia e me fez sentar de novo na cama: “Flávia…”. Me deu um arrepio pela espinha inteira e já imaginava que seria algo com a Amy.
Meu mundo desabou na hora. Como disse no texto que escrevi pro G1 na ocasião, “Pode parecer futilidade sofrer tanto com a morte de alguém que nem sabia de nossa existência, mas como a nossa religião é a música, nos sentimos ligados a esses artistas como se fossemos irmãos de alma. Com seu talento e sensibilidade eles passam a fazer parte de nossas vidas, como alguém muito íntimo que fala conosco através de sua música. E a dor pela sua perda é real, chega a ser física.” E foi mesmo! A dor até fica enterrada, mas não passa.
Vendo o show de Amy do palco, depois de discotecar no Summer Soul Festival em SP. Nem tentei chegar mais perto ou tietar, pra mim era como se fosse uma semideusa
Por mais que para todo mundo fosse óbvio que isso fosse acontecer, para quem era fã sempre havia a esperança de sua recuperação completa. Outra coisa que pouco se discute foi o papel dos transtornos alimentares em sua morte. Leiam esse artigo na Pitchfork: “We Need to Talk About Amy Winehouse’s Eating Disorder and Its Role In Her Death”. Como disse seu próprio irmão Alex, “anos de bulimia deixaram Amy mais fraca e mais suscetível ao impacto físico de seus vícios em álcool e drogas.
A carreira de Amy foi curta mas seu legado foi intenso. Sem Amy não haveria a volta de cantoras-compositoras “esquisitas” ou fora do padrão como Lady Gaga, Florence Welch, Lana Del Rey, Janelle Monáe e Adele, entre tantas que surgiram nos anos 2000. Amy resgatou a importância do talento, voz e sensibilidade acima de uma imagem perfeitinha e de plástico como a das artistas dos anos 90. Palavras da própria Adele: “Amy abriu o caminho para artistas como eu e deixou as pessoas empolgadas com a música britânica novamente. Eu acho que ela nunca percebeu o quão brilhante ela era e o quão importante ela é.” Mas nós percebemos, Adele! <3
Pra gente sempre se lembrar da imagem de Amy de uma forma positiva, vou listar aqui alguns fotógrafos que registraram imagens memoráveis de nossa querida menina de Camden Town.
Autor da icônica capa do segundo álbum de Amy, “Back to Black”, de 2006. Foi uma das poucas vezes que o fotógrafo inglês retratou músicos e fez logo a capa de um dos álbuns mais importantes do século XXI. Depois dessa sessão de fotos para a capa ele nunca mais a viu novamente.
Moriarty fez a capa do primeiro álbum de Amy”, Frank”, de 2003. Amigo pessoal da cantora, o irlandês é também autor de dois livros de fotografia de Amy, “Before Frank” e “Back to Amy”. “Quero que ela seja lembrada como a garota divertida que conheci. Ela era intensa, talentosa e muito viva. Quero que as pessoas compartilhem dessa minha visão”, disse Charles para a revista People.
Em dezembro de 2003 e janeiro de 2004, a fotógrafa Karen Robinson fotografou Amy três vezes para o Observer Music Monthly e produziu imagens esplendorosas. Veja todas aqui.
Sim, o cantor canadense famoso nos anos 80 pelo hit “Heaven” é também um excelente fotógrafo. Ele produziu imagens memoráveis de Amy na era “Back to Black”.
Willsher foi um dos maiores fotógrafos da NME e é dele esse retrato de Amy no festival da Ilha de Wight, em 2007.
Nesses anos tempetuosos em que ela passou jamais compartilhei uma foto dela bêbada, drogada, tropeçando ou sofrendo. Embora isso tenha sim feito parte de sua vida quem produziu ou compartilhou imagens dela dessa forma de uma maneira julgadora ou sensacionalista teve sim um dedo em seu sofrimento. É assim que devemos lembrar de Amy Winehouse: sorridente, talentosa, encantadora e espirituosa. Descanse em paz, Amy Jade Mermaid.
Vem aí mais uma turma do Curso Online de Consultoria de Moda Plus Size que ministrarei ao lado da top stylist Manu Carvalho – Cursos de moda e estilo. A PRÓXIMA TURMA é nos dias 22 e 23 de agosto, sábado e domingo.
Acrescento minha expertise de 10 anos no mercado plus size brasileiro ao curso da Manu Carvalho, uma super profissional da moda que que atende celebridades como Carolina Dieckmann, Taís Araújo e Alessandra Negrini. Manu também é editora e consultora de moda, stylist, figurinista de novelas e consultora de artistas e marcas. Teve sua formação em Nova York na Escola Parsons. Iniciou sua carreira na Casa Vogue, colaborou para Vogue Homem, Vogue Passarelas e Vogue Noivas como repórter e editora, e Revista Key, de Erika Palomino.
Eu, Flávia Durante, sou comunicadora, DJ e empresária. Fui editora de lifestyle do portal Virgula e editora dos sites da Trip e Tpm. Desde 2012 produzo o Pop Plus, feira de moda e cultura plus size, com média de público de 12.000 pessoas por evento. Ao longo destes 8 anos tenho desmistificado conceitos e conselhos que mulheres (e homens também) vêm ouvindo há décadas em relação à moda. É embaixadora do #ElaFazHistória, programa de empreendedorismo feminino do Facebook.
Aulas ao vivo via Google Meet
A carga horária é das 10h as 19h, em um total de 16 horas. As aulas são online via Google Meet, com direito a certificado. O CÓDIGO DE DESCONTO para minhas leitoras e seguidoras é DURANTE15. Para se inscrever ou tirar qualquer dúvida sobre pagamento, mande e-mail para contato@cursosmanumoda.com.br, falar com a Carla pelo Whatsapp.
O curso é indicado para consultoras de moda, stylists, lojistas, empreendedoras, estudantes, profissionais que já atuam na área e que queiram ampliar os seus horizontes na moda ou iniciar no mercado plus size.
Quem não puder fazer essa turma deixe seu contato nos comentários que avisaremos as próximas turmas. Ou sigam @cursosmanumoda no Instagram para acompanhar o calendário anual de cursos da Manu.
Estou muito feliz de ser professora do curso da Manu Carvalho, de quem já fui colega de trabalho na gravadora Trama, aluna, palestrante convidada e agora colaboradora em seus consagrados cursos de moda. Estou muito animada com mais essa nova etapa de minha carreira.
Não conheci minhas avós materna e paterna então a figura de vó que tive foi a Dona Ruth, avó do meu marido, Hector Lima, com quem convivi com muito amor de 1996 até ela falecer, em 2014.
Como mudamos pra São Paulo e ela permaneceu em Santos, esse pote velho – e mais 2 ou 3 que ainda permanecem em nosso armário da cozinha como lembrança -, sempre subia a serra recheados de coisas gostosas: bolo de chocolate, brigadeirão, cuzcuz paulista…
A Dona Ruth adorava cozinhar para o neto e para mim e não sossegava enquanto eu não falava “hmm, que delíciaaa”, aí sim ela ia sentar na sala e descansar. Embora ela também fosse muito boa de doces, eu sou mais dos salgados e adorava o cozido dela, o bife a milanesa, a salada de bacalhau com grão de bico, o macarrão com molho de tomate caseiro.
Festa de 80 anos da Dona Ruth, em 2009
Quando vejo esse pote amarelo velho lembro desses momentos e sinto saudade da vó Ruth e das delícias que ela fazia. Quando entro na cozinha pra fazer algo também lembro dela, da tia avó do Hector, da minha mãe e da minha tia e dos pratos e doces gostosos que todas já fizeram. E fico feliz quando acerto e quando meu marido gosta da comida. Quando erro também fico feliz por ter história pra contar e pra rir depois. E, principalmente, fico grata por ter comida na mesa em momentos tão difíceis como esse da pandemia.
Comida é alimento e cultura mas é também história, memória, afeto e sentimento. Não deixem jamais que façam da comida sua inimiga.
O esperado spin off da série “Merlí” já tem data de estreia: dia 5 de dezembro no canal espanhol por assinatura Movistar+. “Merlí Sapere Aude” é focado no personagem de Pol Rubio (Carlos Cuevas) e sua entrada na faculdade de Filosofia, inspirado no mestre Merlí Bergeron (Francesc Orella).
“Merlí Sapere Aude” é a primeira produção em catalão da Movistar+, feita em parceria com a sua produtora original , a TV3 catalã. Uma espécie de “Malhação” com “Sociedade dos Poetas Mortos”, Merlí acabou conquistando toda a Espanha e a América Latina (a série tem fãs fervorosos na Argentina e no Chile). Héctor Lozano, criador da série original, está a frente do novo projeto e a direção ficou por conta de Menna Fité.
A nova série mostrará o desejo de aprender de Pol, seu processo de amadurecimento com a universidade como cenário principal. Tudo girará ao redor do novo protagonista: sua família, seus novos amigos, novos professores, novos amores e, claro, Bruno. Nosso ship #Brunol não ficará de fora!
“Sapere aude” é um lema em latim que significa “atreva-se a conhecer” ou “ouse saber”
Update: saiu nesta quarta-feira o trailer oficial!
Eu estava em Barcelona bem na época da filmagem de “Merlí Sapere Aude”, em maio de 2019. Estalkeei e rodei tudo mas infelizmente não encontrei as gravações. Cheguei a visitar algumas das locações da série original, depois faço um post a parte.
Mas dei uma sorte danada de dar de cara com o Francesc Orella, ninguém menos do que o o próprio Merlí, quando eu estava passeando uma tarde pela Vila de Grácia, um bairro super culturete de Barcelona. Gelei pois não estava esperando mas pedi para tirar uma foto com ele, claro! Inacreditável, hahaha!
Francesc Orella (Merlí himself) e euzinha
Ele estava indo para a pre-estreia do filme “Elisa Y Marcela” (Netflix), do qual ele fez parte, em um cinema de rua ali no bairro! Aí eu imaginei que outros atores da série poderiam estar lá, dei meia volta, disfarcei e fui atrás dele, como se não quisesse nada. rsrs Não deu outra, encontrei lá na porta o Ivan (Pau Poch) e o Bruno (David Solans), que foram uns amores! Falei que era do Brasil, etc e tal, que o povo de lá adorava a série, que estava visitando as locações da série e eles nem acreditaram, hahahaha!
Pau Poch (Ivan), David Solans (Bruno) e euzinha
O Carlos Cuevas mesmo não encontrei. Quase trombei com ele no show do Jungle no Primavera Sound (stalkeeeer) mas não rolou, fica pra próxima… Motivos para voltar para Barcelona não faltam! <3
Agora é torcer para a Netflix Brasil estrear “Merlí Sapere Aude” não muito tarde por aqui! \o/
Perdi dezenas de exposições em São Paulo nos últimos anos por falta de tempo. Mas essa eu não poderia deixar de ir, já fui logo no primeiro dia pois o fotógrafo Man Ray é um de meus artistas favoritos!
A exposição “Man Ray in Paris” – que abriu ontem no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo e fica em cartaz até o dia 28/10 – destaca a trajetória do multiartista durante seu período de maior efervescência criativa, entre 1921 e 1940.
São 255 obras entre fotografias, objetos, serigrafias e filmes em uma mostra inédita no País, além de peças interativas e palestras (ontem rolou uma conversa com a curadora da expo, Emmanuelle de l’Ecotais). Totalmente imperdível!!!
Tenho um amor especial pela sua parceria com Kiki Montparnasse. ❤ Mas todo seu trabalho é maravilhoso, inovador, moderno até hoje. Só senti falta de catálogo e de souvenirs da expo na lojinha do museu.
Depois do CCBB SP, a mostra segue para a unidade de Belo Horizonte, entre 11 de dezembro e 17 de fevereiro de 2020.
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ CCBB SP
Man Ray in Paris @ Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – CCBB SP Em cartaz até dia 28 de outubro de 2019
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo/SP
(Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô)
(11) 3113-3651/3652 | Todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças. Entrada gratuita.
Tirando a poeira deste blog para avisar que essa semana participo de dois incríveis eventos que buscam repensar e ressignificar a moda!
21/08, quarta, 10h30 – Trama Afetiva 2019 @ Centro Cultural São Paulo – CCSP – Painel “Moda Como Ativismo”, com Flávia Durante (Pop Plus), Vicente Perrota (Ateliê TRANSmoras), Flavia Aranha, Pri Bertucci ([SSEX BBOX]), Carol Gavazzi (Matilda.My), Regina Ferreira (Hutu Casting), com mediação de Karlla Girotto.
É muito comum o brasileiro se identificar com orgulho como descendente de europeus mesmo com o tatataravô que ele nunca conheceu nascido na Europa e ignorar que é latino. Felizmente nos últimos anos, a cultura e a gastronomia dos países hermanos tem ajudado muitos brasileiros a se aproximarem da latinidade perdida. E quatro festivais em São Paulo nas próximas semanas celebrarão a cultura latina com uma programação diversa e incrível, o festival Conexão Latina, o MICBR, o Sim, Somos Latinos! e o Festival Mucho!
Nessa sexta acontece a primeira edição do festival Conexão Latina!, evento que vai reunir música, gastronomia e educação em três dias de atividades gratuitas em São Paulo de 9 a 11 de novembro. No dia 9 de novembro, sexta-feira, acontece a Jam Eletroacústica, no Lab Mundo Pensante. Ali, todos os músicos que se apresentarão no festival se revezarão em esquema “palco aberto”, tocando juntos de maneira improvisada. Também acontece uma oficina de composição de canções, no mesmo local. O dia 10 de novembro, sábado, traz o formato de “Fiesta Latina”, com shows nacionais e internacionais no Mundo Pensante. Compõem o line-up o argentino Edu Schmidt, o uruguaio Nicolás Molina e a chilena Renata Espoz, além dos brasileiros Yangos (RS), Lila May (SP) e Gabriela Pensanuvem (SP). Já no dia 11, domingo, o festival se encerra na Casa Japuanga, com a Jam Gastronomusical conduzida por Edu Schmidt. Além de músico, o argentino é chef de cozinha, e improvisará com comida e canções de sua autoria para os presentes, com a possibilidade de interagirem com o músico tanto na parte cancioneira como na culinária.
O festival já está em andamento mas até o dia 11 de novembro ainda dá pra pegar várias atrações musicais gratuitas no evento MICBR (Mercado das Indústrias Criativas do Brasil) na região da Avenida Paulista. Tem shows da Mariene de Castro, dos colombianos Jóvenes Creadores del Chocó, do grupo argentino Nación Ekeko, da banda brasiliense Nunchako e dos artistas do selo colombiano Sello Indio, especializado em beats e hip hop. O evento conta também com vários debates e workshops sobre cultura, empreendedorismo, moda e gastronomia.
Até o final do mês de novembro, a programação do Sesc Itaquera é dedicada a cultura latino-americana! Dança, música, teatro, literatura e circo para lembrarmos que: Sim, Somos Latinos! Veja a programação, que é inteiramente gratuita!
E em dezembro acontece a segunda edição do Festival Mucho, que propõe romper as barreiras do estereótipo latino, do folclore e das fronteiras trazendo um evento com representantes da América Latina que vem se destacando nos principais festivais em todo o mundo. Os ingressos custam de 40 a 150 reais, estão à venda pelo Ingresse.com e suas atrações confirmadas até agora são:
Minha música favorita de Aretha Franklin é “I never loved a man (the way I love you)”, faixa-título de seu primeiro álbum pela Atlantic Records e um dos melhores discos da história! Lançado em 1967, foi o disco que a levou ao estrelato e a tornou a Rainha do Soul aos 25 anos de idade.
Lembro exatamente da primeira vez em que ouvi essa música. Foi em uma rádio no walkman em um busão em São Paulo. Eu devia ter uns 21 anos e estava descobrindo a música soul, super djovem e inocente. *rs Imediatamente comecei a chorar de escorrer lágrima até o chão. Música tem dessas coisas!
Chora comigo aqui:
O disco “I never loved a man (the way I love you)” parece até coletânea, só tem HINO: “Respect”, “A change is gonna come”, “Do Right Woman, Do Right Man”… Sam Cooke, Otis Redding, produção de Jerry Wexler, só Aretha pra reunir um time desses!
A faixa-título foi gravada no lendário estúdio FAME na cidadezinha de Muscle Shoals, no Alabama, do produtor Rick Hall, que também faleceu esse ano. A gravação de “I never loved a man (the way I love you)”, a música, é considerada o turning point de sua carreira. Foi quando Aretha aperfeiçoou e encontrou o tom perfeito de seu groove e começaria a se tornar uma lenda da música.
Além de Aretha também gravaram nesse estúdio ninguém menos do que Etta James, Percy Sledge, Wilson Pickett e muitos outros artistas foda. Essa camaradagem toda entre cantores negros e músicos brancos em meio aos auge dos conflitos pelos direitos civis nos Estados Unidos causava muita treta dentro e fora do estúdio. A tensão racial deixava o clima das gravações a ponto de explodir. E a tradicional família norte-americana do Alabama não suportava ver aquela turma toda unida e trabalhando juntos e criando discos e singles que se tornariam ícones da música.
Aretha Franklin e os Swampers, banda do estúdio FAME
Tem um doc muito bacana sobre o estúdio FAME e o som que criaram nele. O filme foi exibido no In-Edit Brasil 2014. Aqui um trecho de entrevista com Aretha sobre o estúdio, na qual gravou “I never loved a man (the way I love you)”, a música. E depois nunca mais voltou…
Depois de muita expectativa, finalmente foi divulgado o primeiro trailer de “Simonal – O Filme”, com Fabrício Boliveira no papel do cantor e Ísis Valverde como Tereza Pugliesi. A dupla volta a viver um casal depois de “Faroeste Caboclo” (2013). O longa é dirigido por Leonardo Domingues e se concentra na ascensão do artista, quando ele reunia multidões em seus shows, apresentou programas de TV e ganhou muito dinheiro ao se tornar garoto-propaganda da Shell. A produção musical é de Wilson Simoninha e de Max de Castro, filhos de Simonal e Tereza. Caco Ciocler, Silvio Guindane, Mariana Lima e Claudio Mendes também estão no elenco. Leandro Hassum interpreta o produtor musical Carlos Imperial e João Velho faz o papel de Miéle.
Íris e Fabrício
A história já havia sido contada em “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei”, de Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, o documentário musical mais visto de 2009, nas biografias “Nem Vem que Não Tem – A Vida e o Veneno de Wilson Simonal”, de Ricardo Alexandre (também de 2009), e “Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga: Simonal e os limites de uma memória tropical”, de Gustavo Alonso, lançada em 2007. A vida do cantor também foi transformada em dois musicais, “S’imbora, o musical” e “Show em Simonal”, ambos com o talentosíssimo Ícaro Silva no papel principal.
Simonal, O Filme
“Simonal – O Filme” será exibido pela primeira vez dia 20 de agosto no Festival de Cinema de Gramado, que acontece de 17 e 25 na cidade gaúcha, e participa da Mostra Competitiva. O filme é uma co-produção da Pontos de Fuga e Globo Filmes, com distribuição da Downtown/Paris Filmes e previsão de estreia nacional para 2019.
Estou bem animada pra estreia desse filme pois Simonal é meu cantor brasileiro favorito! Coordenei as ações de divulgação do documentário de 2009 nas redes sociais foi um dos trabalhos mais gratificantes de minha carreira como comunicadora. Wilson Simonal tem que ser lembrado e celebrado o tempo todo! <3