Samba Coco Raízes de Arcoverde se apresenta domingo de graça em São Paulo

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O Samba de Coco Raízes de Arcoverde se apresenta neste domingo, dia 31/08, no projeto De Lá pra Cá no Sesc Belenzinho. Conheci o trabalho do grupo quando fiz a assessoria do festival RecBeat em 2005 e fiquei encantada com o ritmo hipnotizante do trupé, que é rápida e forte pegada dos pés com tamancos de madeira que é a sonoridade típica do grupo.

O grupo surgiu em 1992 em Arcoverde (PE) formado por Lula Calixto, falecido em 1999. Passaram a ser conhecidos do público a partir de 1996 com apresentações em outras cidades e países e lançaram dois discos. Não há como não se emocionar com uma apresentação do Samba de Coco Raízes de Arcoverde, que é um dos patrimônios culturais do Brasil e que raramente vem a São Paulo. Dia 31/08 às 16 no Sesc Belenzinho – R. Padre Adelino, 1000 (Metrô Belém). Grátis.

Link: https://www.facebook.com/cocoraizes

Invasão colombiana na Virada Cultural 2014

Nem nos meus melhores sonhos latinos eu poderia imaginar que veria três das melhores bandas da Colômbia de graça, no mesmo final de semana e a poucos metros da minha casa. A Virada Cultural confirmou nada menos do que Bomba Estéreo, Systema Solar e ChocQuibTown em sua programação deste ano. As três já se apresentaram no Brasil mas delas só vi Systema, em um show fantástico ano passado no coreto da Praça da República, no Mês da Cultura Independente.

Veja os horários e palcos dos shows e os clipes mais recentes de cada uma delas:

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Systema Solar @ Palco Barão de Limeira – 17/05, sábado, 00h00

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Bomba Estéreo @ Palco Barão de Limeira – 18/05, domingo, 02h

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ChocQuibTown @ Sesc Pompéia – 17/05, sábado, 00h00; 18/05, domingo, 18h

Se eu fosse você não perderia a chance de ver de perto o que de mais fresco acontece atualmente na música latina.

Sites: Systema Solar http://www.systemasolar.com // Bomba Estéreo http://www.bombaestereo.com // ChocQuibTown http://www.chocquibtown.com

Como foi a volta do The Knife aos palcos, na estreia da turnê de "Shaking The Habitual"

Ontem em Bremen, na Alemanha, a dupla sueca The Knife voltou aos palcos depois de sete anos! Eles iniciaram a turnê de seu quarto álbum de estúdio, Shaking The Habitual.

Ao contrário do minimalismo da tour de Silent Shout, onde apenas Karin e Olof ficavam em cena, desta vez o show está mais próximo de um espetáculo pop dos infernos, com muitas projeções, luzes, figurinos, performances e muitas, muitas dancinhas. Um dos destaques é a participação inusitada do Deep Aerobics, um grupo performático de NY criado pelo coreógrafo Miguel Gutierrez, que mistura dança contemporânea, jazz e aeróbica (!!!).

Como disseram em seu site oficial, “Nós, The Knife, nos apresentaremos ao vivo. Estaremos, no palco, seremos ao todo sete, as vezes dez, ou até mais. Nós trabalhamos duro juntos. Idéias e conceitos foram trabalhados, testados, descartados, aprimorados e descartados novamente…”

O setlist da estreia no Setlist.FM:

A Cherry on Top (Shaking The Habital)
Raging Lung (Shaking The Habital)
Bird  (The Knife)
Without You My Life Would Be Boring (Shaking The Habital)
A Tooth for an Eye (Shaking The Habital)
One Hit (Silent Shout)
Networking (Shaking The Habital)
Wrap Your Arms Around Me Wrap Your Arms Around Me 
Ready to Lose (Shaking The Habital)
Got 2 Let U (Deep Cuts)
Full of Fire (Shaking The Habital)
Stay Out Here (Shaking The Habital)
Silent Shout (Silent Shout)

Aparentemente os alemães não são de filmar muito os shows então até agora os fãs só encontraram fotos e trechos no Vine. Vejam! ;-)

 O staff da turnê (via @luciesound)

A barraca de merchan. Dá-lhe capitalismo! *rs

Karin ♥ 

 Olof?

Update: Agora sim, vídeos!


Bremen

Hamburgo

Vou realizar um sonho e ver o show do Knife no Primavera Sound, em maio em Barcelona. Vai ser minha primeira viagem ao exterior e logo pra um festival de música com The Knife. Pensem na minha ansiedade e felicidade? ;-)))

Fontes: The Knife Brasil, The Knife Fans, aku @ Vine, Junior Soprano @ Facebook

Maratona Franz Ferdinand: covers feitas por eles

Continuando com a maratona Franz Ferdinand, o post de hoje é com as covers que a banda já fez em B-sides, ao vivo ou em apresentações em rádios. Dá pra reparar que eles têm uma quedinha por divas do pop e da disco music, não? ;-)
“Womanizer”, Britney Spears
“It Won’t Be Long”, The Beatles
“What You Waiting For”, Gwen Stefani
“Sexy Boy”, Air
“Call Me”, Blondie
“Mis-Shapes”, Pulp
“Sound and Vision”, David Bowie
“A song for sorry angel”, Serge Gainsbourg
“The Lobster Quadrille”, Lewis Carroll
“Heisa-ho”, De Kift (banda holandesa)
“All My Friends”, LCD Soundsystem

Tudo sobre o Festival Cultura Inglesa aqui.

Carl Barât ontem no Beco 203, em SP

Galeria de fotos do show

Sabe shows  em que você vai sem esperar muita coisa mas com os quais se surpreende e vai embora feliz da vida? Foi assim ontem no show do Carl Barât na filial paulistana do Beco 203, com casa surpreendentemente cheia mesmo em noite de Thurston Moore + Kurt Vile no Cine Joia e Damned no Clash.

O Libertines é de uma geração mais nova do que a minha, mas ainda assim me marcou pois foi uma banda cujo público da Popscene, festa que eu fazia em Santos com o Hector, gostava muito. Lembro até hoje da pista dançando, vibrando e batendo palminhas em “Last Post on the Bugle” e “Can’t Stand Me Now”. ;~~ Vi o show no Tim Festival de 2004 e, que eu me lembre, foi uma apresentação bem divertida, mesmo sem a participação do Pete Doherty. Foi o primeiro show internacional de muitos desses frequentadores da festa.

O repertório foi baseado no seu disco solo de 2010 mas também privilegiou algumas do Dirty Pretty Things e várias do Libertines, para nossa alegria. Barât teve como banda de apoio os goianos do Black Drawing Chalks. E, se eu fosse ele, os contrataria pra ser sua banda para sempre pois a sintonia entre eles foi perfeita. Talentoso, muito simpático e visivelmente emocionado com as reações do público, ele não deixou a peteca cair nem quando tocou as músicas de sua carreira solo. E ainda chamou dois fãs pra tocarem o violão e a guitarra em “Boys In The Band”, dos Libertines. Foi bacana demais ver o povo da faixa dos 25 anos, que era adolescente na época em que a banda estourou, extasiado e feliz.

Claro que sempre rola uma pontadinha triste ao pensarmos: se não fossem as doideiras do Pete a banda poderia ter continuado até hoje e ter mantido uma carreira estável?! Mas esse charme decadente também deu um clima diferente e especial pra noite.

O melhor rejuvenescedor que existe é um bom e acolhedor show. Ainda mais quando o local é bem perto da sua casa e você retorna em cinco minutos, sem os transtornos de um grande festival. ;-)

“Can’t Stand Me Now”

Fãs chamados pra tocar com ele no palco


Pôster e encarte do 2º CD devidamente autografados

Show de Adele que virou o DVD "Live At The Royal Albert Hall" vai ser exibido nos cinemas de 26 cidades do mundo

Pra comemorar o lançamento do primeiro DVD adelístico, Live At The Royal Albert Hall, cinemas de 26 cidades de todo o mundo vão exibir o show de Adele nos telões. Felizmente São Paulo está nessa lista, então corre no site www.adele.tv/cinema para fazer o pré-cadastro!

E foi divulgado o trailer do DVD, que será lançado no dia 28 de novembro, inclusive no Brasil! Se esse pedacinho já arrepiou, imaginem o DVD inteirooo??? ;~~

Surtei, chorei, desmaiei, me descabelei, MORRI! ;~~

Tudo sobre o show de Adele no iTunes Festival 2011

Que deslumbre a apresentação da Adele no iTunes Festival 2011 (que antipaticamente teve restrição de exibição em alguns países)! Não consegui assistir ao show ao vivo com os esqueminhas usando Hotspot pois estava no trabalho, só ouvi o áudio em uma rádio online, mas aos poucos estão surgindo os vídeos no YouTube. Mesmo com a voz ainda um pouco rouca por causa da laringite, a linda se supera a cada apresentação! ♥

O iTunes já tem o arquivo completo do show, vai lá e boa sorte, não consegui ver também aqui em casa. No YouTube o show também já inteiro. Fiz essa playlist abaixo com eles:

Obrigada por subirem os vídeos, #nah e Lucas! ;-)

Adele @ iTunes Festival 2011 set list

01. Hometown Glory
02. I’ll Be Waiting
03. Don’t You Remember
04. Turning Tables
05. Set Fire To The Rain
06. If It Hadn’t Been For Love (The Steeldrivers cover)
07. My Same
08. Take It All
09. Rumour Has It
10. Right As Rain
11. One And Only
12. Lovesong (The Cure cover)
13. Chasing Pavements
14. I Can’t Make You Love Me (Bonnie Raitt cover)
15. Make You Feel My Love (Bob Dylan cover)
16. Rolling In The Deep
17. Someone Like You

Fotos postadas pela XLRecordings:

Update: Subiram o show num arquivo só do iTunes! \o/

Sharon Jones & The Dap Kings em São Paulo

É muito bom poder ver de perto bandas não tão conhecidas do grande público que você adora mas já tinha até desistido de ver no Brasil. É o caso de Sharon Jones & The Dap Kings, que fizeram dois shows em São Paulo, tocaram ontem em Salvador e se apresentam hoje no Rio de Janeiro.

Infelizmente perdi o show de sábado no Auditório do Ibirapuera pois os ingressos se esgotaram rapidamente, mas não perdi o de domingo, que foi gratuito e na área externa. Foi uma noite linda e até o frio deu uma trégua! Uma das coisas mais legais é que o evento reuniu vários jovens que conheceram a banda na semana de aparições na TV brasileira pra divulgação dos shows. Como os fãs da ex-RBD Dulce Maria, que se encantaram pela americana em sua incrível participação no “Altas Horas”, da TV Globo, do qual a popstar também participou. (Na programa, provando que é uma elegante diva, Sharon chorou e se emocionou com a mexicana quando esta respondeu com doçura a pergunta de uma fã apaixonada, e ao final correu para abraçá-la. ;~~)

O repertório é baseado em “I Learned The Hard Way”, o mais recente de seus quatro discos. Como disse o amigo Vini Gorgulho, o que dizer de um grupo com o qual você fica alucinado até na apresentação dos músicos da banda, geralmente o momento mais entediante de um show?

O espetáculo é nos moldes dos shows clássicos de soul, como se fosse um programa de rádio e com um MC, no caso o guitarrista Binky Griptite, conduzindo toda a apresentação. Sharon, aos 55 anos, provou que é possível cantar horrores, dançar, sapatear, fazer piruetas, tudo ao mesmo tempo, e deixou todo o público completamente apaixonado. Comandando a big band, o baixista Bosco Mann (Gabriel Roth), nada menos que o produtor e compositor de quase todas as canções de SJDP e um dos proprietários da Daptone Records, sociedade dividida com o saxofonista Neal Sugarman.

Pra mim foi muito emocionante ver os Dap Kings ao vivo e trocar uma ideia com eles depois do show, afinal eu adoro os artistas do selo e eles gravaram um dos discos da minha vida, o “Back to Black”. Eles não devem aguentar mais contar a história do “empréstimo” da banda pra Amy Winehouse e pro Mark Ronson, mas não dá pra negar que muita gente os conheceu por causa disso, inclusive eu. Mas o que importa é que a partir do B2B felizmente rolou todo esse resgate da soul music, que sempre foi gênero favorito ao lado do rock, e sua apresentação pras gerações mais novas. Se não fosse esse disco provavelmente Adele, Mayer Hawthorne, Eli “Paperboy” Reed e tantos outros novos artistas não teriam ganhado espaço.

Voltando ao show, minhas favoritas foram “If You Call”, “She Ain’t a Child No More”, “Mama Don’t Like My Man”, “I Learned the Hard Way”, “Better Things”, “100 Days, 100 Nights”, sem falar no final devastador com uma cover de “It’s a Man’s Man’s Man’s World”, de James Brown. Deu pra sentir o gostinho do que seria estar em um dos shows da Stax/Volt Tour nos anos 60 ou de algum velho club de Detroit ou Nova York. Noite inesquecível!

Fiz um apanhado dos vídeos das apresentações na TV, show de domingo e links pra entrevistas. Tem também fotos que tirei e, claro, meu momento tietagem de praxe! Divirtam-se! ;-)

Entrevistas
TpmiGG1Uol

Programa do Jô

Altas Horas

Show @ Auditório do Ibirapuera, 12/06/2011

Minhas Fotos

Maratona Teenage Fanclub – Faltam 2 dias: fãs escolhem suas músicas favoritas

Perguntei pra fãs notórios qual sua música favorita do Teenage Fanclub. Vejam as respostas do #TeamEverythingFlows! ;-)

Liv Brandão, Rio de Janeiro/RJ: “Quem são esses fanhos?”, perguntou uma estúpida Liv adolescente ao irmão, que ouvia um pedaço de “Dumb dumb dumb”, do então recém-lançado “Howdy!”. Com uma conexão a 14.400 kbps em plena vigência da Era Napster, o irmão mais velho tentava a duras penas baixar o disco novo de uma tal banda escocesa de nome não condizente com o som que faziam: Teenage Fanclub parecia estar mais pra 5ives e Xtinas, que àquela época Livzinha já andava ignorando por conta da nascente paixão pelo britpop. Não sei por que diabos, mas mesmo achando aquele vocal estranho, resolvi catar os CDs daquela banda na coleção do meu irmão e PLOFT. Bateu. Com todos os álbuns de estúdio disponíveis, corri para tentar baixar tudo mais o que eu conseguisse – e a conexão capenga permitisse: lado B, gravação ao vivo, mp3 com os caras assoviando. Tudo valia. Até que encontrei essa versão acústica de “Everything Flows”, uma das coisas mais bonitas que já ouvi nessa vidinha. Pirei mesmo, pirei tanto que, graças a ela (e a todas as outras, confesso), o TFC entrou pra lista de preferidas do coração. E ainda bem que a primeira impressão não ficou.

Luiz Alberto Moura, Rio de Janeiro/RJ (irmão da Liv): “Everything Flows”… Foi quando tudo começou. Naquele Reading Festival que a Band passou. Essa música teve o mesmo efeito que “Smells Like Teen Spirit” teve em mim em 91. O Teenage (e o Nirvana) me fez querer ter uma banda. Tanto que a minha banda se chamava grandprix, pelo disco deles. E “Everything Flows” ainda é a minha música preferida at all. 

Alexandre Sigrist, Americana/SPEra final de 1992 e, não sei a razão, a TV estava ligada na Band, então chamada Bandeirantes. Eu até sei a razão, mas não vem ao caso. Do nada, começa um especial sobre o festival de Reading daquele ano. Pavement, L7, Mudhoney – uma banda melhor que a outra. De repente, entra o Teenage Fanclub, banda da qual eu já havia lido bastante na saudosa revista Bizz e cujo disco da época, o “Bandwagonesque”, era um tipo de sonho de consumo meu – o vinil, nacional e disponível até aqui em Americana, era lindão (é até hoje), mas eu queria mesmo era o CD. A música escolhida pela produção foi “Everything Flows” e eu fiquei simplesmente maravilhado. Com a banda, com a música, com o festival e com a galera pulando e dançando mesmo no meio daquela lama toda. No catártico final da música (dá pra ver aqui, junto com “The Concept” e “Satan”. “Everything” é a última música do primeiro vídeo de dez minutos na lista), eu me vi imaginando se um (então) garoto de Americana um dia conseguiria “experienciar” aquilo. 1992! Os anos, claro, foram se passando. Vieram Sonic Youth, deixei de odiar e passei a amar Jesus & Mary Chain, vieram Smashing Pumpkins, Weezer, Flaming Lips, Wry, Delgados e Urusei Yatsura. Mas o jovem Sig ainda se lembrava do especial da Band e seguia ouvindo “Tineijão”, buscando versões de “Everything Flows” (tem até uma do Pin Ups, cantada pelo Marco!) e sonhando com esse show. Que finalmente aconteceu em 2004. Se não me engano, a última música de um dos shows em São Paulo foi exatamente “Everything Flows” e eu não pude deixar de me lembrar do clipe de 1992 e comparar. Eles já estavam bem tiozinhos (o que contraria os versos “we get older every year, but you don’t change, or I don’t notice you’re changing” da música), o local era fechado e não era um festival, muito menos Reading. Mas a catarse era a mesma! Alguns dias depois, em Curitiba, no lendário Curitiba Pop Festival, tive a chance de viver de novo aquele videoclipe dos meus tempos de jovem Sig. A emoção e a alegria foram tão fortes que eu me prometi nunca mais ouvir a música, só para eternizar aquele momento na memória. E eu vinha mantendo a promessa, que obviamente vai ser quebrada nos próximos dias com um novo show do TFC aqui no Brasil. É claro que eu adoro “About You” e “Star Sign”. Sonhei em cantar “Your Love Is The Place Where I Come From” como introdução a um pedido de casamento. Tentava curar algumas deprês ouvindo “Verisimilitude” (e ficava ainda mais triste). Mas a minha predileta do Teenage Fanclub sempre vai ser “Everything Flows”. Acho que dá para entender por quê :)

Amanhã tem mais respostas…