O primeiro livro que li na vida

Hoje ao arrumar meus livros na estante nova que comprei, achei o primeiro que li na vida e que carrego comigo sempre que me mudo. É O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos, uma obra-prima da literatura infantil que fala de amizade, perda e amadurecimento com muita sensibilidade.

Devo ter ganhado o livro de minha mãe por causa da novelinha de 1980, na Bandeirantes, que eu amava! Nessa época eu tinha uns 3 anos, é uma das primeiras lembranças que tenho da infância. O livro mesmo só fui ler algum tempo depois, com uns 5 anos, mas antes de aprender a ler direito eu o rabiscava inteirinho!

Achei graça ao rever esses desenhinhos e tirei fotos pra postar aqui:

Clicando na imagem dá pra ver maior

Lembro que eu morria de medo e de raiva da peste da Jandira, irmã mais velha do Zezé. Notem que ela aparece em vários desenhos, hahaha! Morria de vontade de ter grandes amigos como o velho Portuga e o Minguinho/Xururuca, o pé de laranja-lima. E chorava quando o Zezé tomava uma coça daquelas ou sofria alguma perda…

Não sei se esse livro ainda é adotado pelas escolas mas caso não seja, não deixe de indicar pros seus filhos. Tem também a inesquecível Coleção Vagalume, mas essa merece um post à parte outro dia…

Abaixo, alguns vídeos da novelinha que achei no YouTube:

Valeu, Mofo TV!
Taí, bateu vontade de reler o livro pela enésima vez… Muito obrigada, José Mauro de Vasconcelos, por ter marcado minha infãncia!
Indico pra um post sobre o primeiro livro que leram em suas vidas (caso não lembrem qual o livro exatamente, pode ser o que mais marcou sua infância): Ian Black, Alexandre Inagaki, Luiz PimentelAdelaide Ivanova e Lady Rasta.
Update: Que bacana, o Pimentel, o Inagaki e a Lady Rasta já responderam o desafio! Não espere o convite de alguém, faça um post a respeito e convide mais cinco colegas blogueiros. ;-)

Música de Simonal em italiano está na trilha de "Passione"

Pensa que a Simonalmania detonada com o documentário “Simonal – Ninguém Sabe O Duro Que Dei” já passou? Pois ela está longe de acabar… Soube ontem com muita alegria que “Ecco Il Tipo (Che Io Cercavo)” está na trilha da novela “Passione”, da TV Globo, e é o tema do personagem Mimi, de Marcelo Médici.

A música é parte de “México 70”, álbum que saiu só no México e que finalmente será lançado no Brasil em junho. Ouça o áudio no YouTube:

Simonal: bom em português, inglês e italiano

Não podemos deixar esse momento acabar, não vamos deixar Simonal ser esquecido nunca mais! \o/

The Favorite

E se “A Favorita” virasse filme em Hollywood? O Denis Pacheco teve a idéia no Twitter e eu completei.

Donatela – Julia Roberts
Flora – Nicole Kidman
Zé Bob – Christian Bale
Halley – James Franco
Lara – Natalie Portman
Dodi – Steve Buscemi
Silveirinha – Alfred Molina
Stela – Jodie Foster
Catarina – Susan Sarandon
Léo – Sean Penn
Gonçalo – Robert Duvall
Irene – Judi Dench
Copola – Jack Nicholson
Iolanda – Sally Field
Augusto César – Harrison Ford
Elias – Paul Giamatti
Dedina – Penélope Cruz
Damião – Colin Farrell
Rosana – Jennifer Connely
Céu – Megan Fox
Cassiano – Joe Jonas
Orlandinho – Ewan Mc Gregor
Cilene – Sônia Braga
Didu – Will Smith
Alicia – Beyoncé
Romildo – Morgan Freeman
Seu Pedro – John Hurt

Mendigo Noveleiro

Hoje passando pela Avenida Paulista me deparei com um mendigo bichinha e noveleiro. Ele subia no murinho da saída Fiesp do Metrô Trianon e gritava: “LAURINHA, NÃÃÃÃÃÃO!!!”

Pra quem não lembra do que se trata…

Coisas de Laurinha

Sim, Flora é a assassina

Sensacional a reviravolta da novela! Contrariando a maioria, o autor João Emanuel Carneiro fez de Flora, a preferida do povão, a verdadeira assassina. Uma cara de pobre e sofrida realmente convence, não?

No início também torci pra Flora mas pensando bem seria muito óbvio Donatela ser a criminosa. Matar por dinheiro é muito mais manjado do que matar por despeito e inveja. E se a assassina fosse mesmo a ricaça ela seria presa hoje e fim. Sendo Flora, a perua vai passar a novela com déus comndo pao n sua vida e tentando provar sua inocência. Mesmo com o fim do mistério antecipado ainda há muita coisa a render.

Imaginem a véia tonta Irene quando descobrir que foi totalmente manipulada pela psicopata? E o remorso de Lara quando descobriu que tratou a mãe adotiva como lixo sem ela ser a assassina? E Halley, como e porque foi seqüestrado? Por que Donatela deu dinheiro para o pai de Flora, para Salvatore e para Silene? E Gonçalo, qual sua ligação com a nora? E Silveirinha, porque tem tanto ódio de Donatela?

O capítulo de hoje teve nítida “influência” de “O Cavaleiro das Trevas”, com Flora falando para Donatela: “não quero matar você” e quando ela dirige rindo loucamente com a cabeça pra fora da janela do carro e os cabelos ao vento. Só faltou falar para a Donatela: “why so serious”?

aHahahHahahhaHa

A Favorita


Desde “O Clone” eu não gostava tanto de uma novela. Tá, também adoro o núcleo Walcyr Carrasco, principalmente “O Cravo e a Rosa“, que assisti de cabo a rabo pelo “Vale a Pena Ver de Novo” quando estava desempregada. Mas “A Favorita” é novelão de primeira, bem escrita, bem dirigida, com elenco de primeira e muito bem amarrada. Me desculpem os fãs dos Mutontos mas não vejo graça nessa tosqueira, novela é coisa séria e a Globo ainda reina nesse departamento.

O bacana do texto de João Emanuel Carneiro (autor da ótima “Cobras e Lagartos”) é que ele tem mantido o mistério no ar e até agora não se sabe quem realmente é “A Favorita”. No começo torcia pra pobre Flora e odiava a perua arrogante Donatela. Mas a Flora tem se mostrado uma tremenda de uma bitch: mente, arma e manipula a véia Irene como quer. E vamos combinar que aquela história de aprender francês na cadeia tá muito estranha. Será que ela realmente esteve presa durante 18 anos? Será que foi ela mesma quem matou Marcelo e o ódio por Donatela é simples e pura inveja?

“Pretendo discutir o julgamento que fazemos das pessoas. De uns tempos para cá, tenho tido cada vez mais dúvidas. Dúvidas quanto ao caráter de muita gente, se o meu gerente de banco tem boas intenções quando diz que tenho que investir no fundo tal, se muitas pessoas tentam se aproximar de mim por interesse depois que me tornei um autor de novela, e muitíssimas dúvidas quanto aos políticos que se dizem inocentes.” (João Emanuel Carneiro)

Praticamente toda a novela gira em torno das duas e não tem trocentos personagens inúteis com histórias paralelas e sem graça. Não agüento mais o “cotidiano” das novelas do Manoel Carlos e seus diálogos “elaborados”: “Fulana, me passa o sal?”, “Sicrano, acho que hoje chove, hein?” Isso eu ouço em casa e no elevador, não quero ver na TV! “Duas Caras” então, nem se fala, péssima do começo ao fim.

Mesmo os personagens secundários cativam. O Ary Fontoura tá dando um show como Silveirinha, que pode ser o verdadeiro assassino de Marcelo. Também adoro a capacho Catarina, a Lília Cabral tá pagando os pecados da pérfida Marta, dá vontade de pular na TV pra socar aquele marido machistão escroto. Gosto do Didu e até a Mariana Ximenes, que normalmente é fraca, tem se destacado. E não sei porque pegam tanto no pé do Carmo Della Vecchia, que além de bonitão é um ótimo ator. Tá mandando muito bem como jornalista idealista porém mulherengo (típico, haha).

Porém como nem tudo é perfeito, a Taís Araújo não disse a que veio até agora, aquele núcleo do José Mayer e da Juliana Paes é muito vergonha alheia, o Cauã é bem fraquinho e a Deborah Secco tá repetindo a Sol de “América”. E o Murilo Benício é muito canastrão mas não consigo odiá-lo pois ele era “O Clone” em si, haha.

“A Favorita” tem sido elogiada pela crítica, pela própria Globo e o público começa a descobri-la. Essa semana finalmente a novela chegou à 40 pontos, índice ainda assim considerado baixo pra uma novela da emissora. Mas tem tudo pra deslanchar cada vez mais no Ibope, fixar o nome de João Emanuel Carneiro como grande novelista e entrar pra história da teledramaturgia brasileira. Preocupe-se agora em ultrapassar o “Pantanal” no SBT, dona Recópia

O Clone

Não foi só pra concorrer com “Lost” e “24 Horas” na Globo que a Record transferiu “Heroes” pra janeiro de 2008…

Notem as legendas dos cartazes…

E aí, ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?